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O tempo, o talento e o velho preconceito

Já havíamos falado dela no artigo "O Novo Normal” (https://lnkd.in/dvEzSk7R). Oksana Chusovitina, a lenda que desafiou o relógio e as estatísticas. Mas a verdade é que, quando se trata de talento e propósito, os limites cronológicos viram apenas um detalhe de rodapé.


Pois não é que a “menina” bateu o próprio recorde? Um dia depois de completar 50 anos, lá estava ela, subindo ao pódio mais uma vez, conquistando a medalha de prata no salto, na etapa de Tashkent, no Uzbequistão, pela Copa do Mundo de Ginástica Artística.


O mais simbólico? Ela competiu em casa, diante da sua gente, diante de jovens que provavelmente têm idade para serem seus filhos, ou até netos. E fez isso com a mesma determinação de sempre. Não por teimosia. Não por vaidade. Mas por competência. Por amor ao que faz. Por não aceitar a moldura estreita de um mundo que ainda insiste em limitar pessoas por conta de suas datas de nascimento.


Enquanto houver um 50+, um 60+, um 70+ subindo ao palco, à quadra, ao tatame ou ao cargo de liderança… teremos uma chance de reeducar a sociedade e colocar o etarismo na prateleira dos preconceitos ultrapassados.


A performance de Oksana é mais que uma medalha. É uma convocação silenciosa, mas poderosa, ao bom senso, ao equilíbrio e ao reconhecimento do valor humano em todas as fases da vida.


Que fique o recado: o problema nunca foi a idade. O problema é o preconceito.


 
 
 

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